As investigações da polícia sobre a morte do empresário Luiz Marcelo Antônio Ormond indicam que ele pode ter morrido depois de comer um brigadeirão envenenado. A principal suspeita do crime, a namorada de Luiz, Júlia Andrade Cathermol Pimenta, está foragida.
O corpo foi encontrado em estado avançado de decomposição, no apartamento onde ele morava, no Engenho de Dentro, no Rio de Janeiro. O laudo da necrópsia não determina a causa da morte, mas indica que o perito identificou pequena quantidade de líquido achocolatado no sistema digestivo.
As últimas imagens registradas do empresário, da câmera de segurança do elevador do prédio, o mostram no dia 17 de maio carregando um prato, enquanto Júlia oferece uma cerveja e os dois se beijam. A polícia acredita que existe a possibilidade do prato que ele segura na imagem já ter o brigadeiro envenenado que o mataria.
![](https://manchetelagos.com/wp-content/uploads/2024/05/image-8.png)
A polícia também encontrou um analgésico forte na cena do crime e apurou que Júlia, 9 dias antes da última imagem de Luiz vivo, foi até uma farmácia e pediu medicamento de uso controlado.
Desde o dia 20 deste mês, a polícia investiga e tenta esclarecer a morte do empresário. O corpo dele foi encontrado por bombeiros, depois que vizinhos acionaram o socorro, incomodados com o cheiro.
Segundo as investigações, Júlia cometeu o crime para ficar com bens e valores da vítima. Ela já é considerada foragida. A polícia também acredita que Julia conviveu com o corpo durante todo o fim de semana.
A cigana Suyane Breschak, amiga de Júlia, foi presa por suspeita de participar da trama, recebendo bens da vítima, segundo a polícia.
O corpo de Luiz foi achado no sofá da sala, ao lado de cartelas de morfina. Ele estava sentado, com dois ventiladores ligados — um no teto e outro no chão — em direção à janela, que estava aberta.
A cena chamou atenção e levantou suspeitas de que a morte não tenha sido natural. A polícia foi chamada e fez uma perícia no local. O caso passou a ser investigado pela 25ª DP (Engenho Novo).
Segundo os vizinhos, Luiz Marcelo foi visto pela última vez na tarde de sexta-feira (17), saindo da piscina. Ele estava acompanhado da namorada.
O laudo do Instituto Médico-Legal apontou que ele morreu de 3 a 6 dias antes do corpo ser achado. A causa da morte foi inconclusiva para marcas aparentes e lesões, mas a polícia solicitou exames complementares, que ainda não ficaram prontos.
A namorada foi intimada a depor dois dias depois do cadáver ter sido achado. À polícia, ela disse que saiu da casa de Luiz na segunda após uma briga no domingo, mas informou que ele estava bem e chegou a preparar o café da manhã para ela.
Os investigadores tiveram acesso às imagens do circuito de câmeras do prédio, que mostram Luiz e Júlia na sexta-feira no elevador, indo e voltando da piscina.
Saiu do prédio com malas
A polícia descobriu que Júlia deixou o prédio com malas às 13h da segunda-feira (20). No sábado, ela já tinha saído com o carro de Luiz, mas retornou sem ele.
Ela contou que deixou o veículo na Maré para ser vendido, com a chave na ignição, mas não sabe o que aconteceu.
Os investigadores, no entanto, descobriram que Júlia passou com o carro na ViaLagos, no sentido Cabo Frio. Na cidade litorânea, ela encontrou um casal de amigos, que ficou com o carro. A mulher é a cigana Suyany.
Em depoimento informal prestado à polícia, o homem contou que a cigana pode ter ajudado Júlia a planejar o crime. Segundo ele, as duas ministravam medicamentos à vítima há algum tempo. Suyany foi presa na noite de terça-feira (28), em Cabo Frio.
O Disque Denúncia divulgou cartaz de Procurada de Júlia.
![](https://manchetelagos.com/wp-content/uploads/2024/05/image-7-723x1024.png)