A família do pequeno Davi Freire Zerbone, de 4 anos, que não resistiu aos ferimentos provocados pela explosão de uma lancha de turismo, em Cabo Frio, na segunda-feira (17), fez um desabafo emocionado após a morte da criança. Davi estava internado no Hospital Estadual Roberto Chabo, em Araruama.
A avó de Davi, Valquíria Sampaio, disse que a dor da família é “avassaladora”. “Isso tá doendo”, disse Valquíria. “Meu neto veio passar um fim de semana e vai voltar pra casa num caixão”.
A família também criticou a falta de apoio dos responsáveis pela lancha que explodiu. Disse que nem o dono da lancha, nem o condutor da lancha apareceram para prestar assistência aos feridos. “São dois assassinos, pra mim”, desabafou a tia de Davi, Gabriella Sampaio.
A Polícia Civil e a Marinha investigam o acidente. A lancha é particular, para recreação. Mas estava sendo usada para transporte de turismo, atividade que não é regulamentada em Cabo Frio. A identidade do dono é mantida em sigilo pela Marinha para não atrapalhar as investigações.
Nossa reportagem não conseguiu contato com o dono da lancha e nem o condutor.
O acidente foi na Ilha do Japonês e a embarcação estava com o condutor e 10 passageiros. Testemunhas dizem que o acidente aconteceu minutos antes da lancha parar para abastecer.
Entre os feridos, uma criança de 1 ano e meio continua internada em estado grave. Já outra criança, de 5 anos, é estável o estado de saúde. Quatro adultos permanecem internados em estado estável. Entre eles, a mãe de Davi, Letícia Sampaio, que está internada em Niterói.
O corpo de Davi deve ser levado para Cariacica, no Espírito Santo, onde mora a família dele.
