O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio da 2ª Promotoria de Justiça de Armação dos Búzios, denunciou e pediu a prisão preventiva do homem que atropelou duas mulheres e provocou a morte de uma delas, Maria Eduarda Souza Augusto, de 18 anos, na madrugada do último domingo (12), em Búzios. O motorista Yago da Silva Lima responderá pelos crimes de homicídio qualificado e tentativa de homicídio qualificado.
Segundo o MP, as duas vítimas foram violentamente atropeladas enquanto caminhavam pela calçada da principal avenida da cidade, por volta das 4h50. A promotoria relata que o denunciado assumiu o risco de matar ao conduzir automóvel sob influência de álcool e sem Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Ressalta, ainda, a crueldade da dele conduta nos crimes, já que as vítimas foram arrastadas e abandonadas em via pública.
A denúncia narra que Yago Lima esteve em um bar, onde consumiu bebida alcoólica, até por volta de 2h30. Ele foi para casa e pouco mais tarde, por volta das 4h15m, ainda sob o efeito do álcool, saiu de sua residência conduzindo um veículo. Na Avenida José Bento Ribeiro Dantas, adormeceu ao volante e atropelou as vítimas, que estavam na calçada. Após o atropelamento, Yago desembarcou do veículo, visualizou as vítimas caídas no chão em estado grave e, mesmo assim, resolveu fugir em alta velocidade.
De acordo com a denúncia, os delitos também foram agravados por terem sido praticados de maneira que poderia gerar perigo comum e mediante recurso que dificultou a defesa das vítimas, já que foram surpreendidas na calçada da via principal da cidade.
Além de denunciá-lo pelos crimes, o MPRJ requereu à Justiça a fixação de valor para reparação dos danos morais.
Yago se apresentou às autoridades na segunda-feira (13), mais de 24 horas após o acidente. Ele confessou que não tem CNH, que havia ingerido bebida alcóolica e que dormiu ao volante. Mas não foi preso. A justiça considerou que ele não pode prejudicar as investigações. Nesta quarta-feira (15), a família de Maria Eduarda participou do programa Encontro, da TV Globo e pediu a prisão da motorista em rede nacional.
Nossa produção não conseguiu contato com a defesa de Yago Silva.
