O Ministério Público Federal (MPF) pediu a prisão do ex-presidente da Prolagos, concessionária de água e esgoto que atua na Região dos Lagos e estipulou uma multa de R$ 20 milhões por conta de crimes ambientais envolvendo a Lagoa de Araruama. De acordo com o MPF, a Prolagos estaria poluindo a lagoa, com o despejo de efluentes líquidos com substâncias em níveis superiores aos patamares permitidos pela lei, provocando dano ambiental.
A ação é de 2019, quando o Sérgio Antônio Rodrigues da Silva Braga era o presidente da Prolagos. Por isso, a ação pede a prisão dele, por, no mínimo, dois anos. Segundo o procurador Leandro Mitidieri a empresa tomou decisões ciente de que o crime ambiental seria provocado.
O documento do MPF cita o agravamento da situação entre Cabo Frio e São Pedro da Aldeia, que o Manchete Lagos destacou nessa quinta-feira (30). Segundo a ação, as praias do Siqueira, em Cabo Frio; do Camerum, Mossoró, Poço Fundo, Balneário, Baleia, Boqueirão e Ponta da Areia, em São Pedro da Aldeia e do Hospício, em Araruama, foram tomadas por material orgânico.
De acordo com o presidente da ONG A Lagoa é Nossa, Pablo Santos, que denuncia o agravamento da situação no trecho do Siqueira e São Pedro da Aldeia, a ação mostra que houve está havendo um avanço no combate as irregularidades ambientais no trecho. “Mas é preciso avançar mais, principalmente na questão da área 2, que pega a Praia do Siqueira e o canal Mossoró”, disse Pablo.
Nossa produção aguarda um posicionamento da Prolagos e do ex-presidente da concessionária.
